quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

No Banco de Jardim - Carlos Drummond de Andrade


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No banco de jardim,
o tempo se desfaz
e resta entre ruídos
a corola de paz.
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No banco de jardim,
a sombra se adelgaça
e entre besouro e concha
de segredo, o anjo passa.
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No banco de jardim,
o cosmo se resume
em serena parábola,
impressentido lume.
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