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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Compro um barco cheio de vento - Roseana Murray


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Compro um barco cheio de vento
com velas cor do firmamento
e uma bússola que aponte sempre
para as luas de saturno.
Compro um barco que conheça
caminhos secretos de mares desconhecidos.
Um barco feito de vento
onde caibam todos os meus amigos.
Compro um barco que saiba decifrar
os segredos escondidos
no coração das noites sem luar.
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Imagem retirada do site:
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mapa do tesouro - Roseana Murray



Fabrico um mapa do tesouro
para assinalar
as casas de todos os meus
amigos
com pedrinhas transparentes.
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Para dentro de cada casa
carrego o meu olhar
aceso como girassol.
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Casa de amigo vale mais
que montanhas de ouro.
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Imagem retirada do site:

http://www.anmm.gov.au/
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Estrela cadente - Roseana Murray



Quando eu estiver
com o olhar distante,
maninha,
com um jeito esquisito
de quem não está presente,
não se assuste,
ó maninha,
fui logo ali,
no quintal do céu,
colher uma estrela cadente.
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Poemas de Céu, ed. paulinas
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Ilustração de Sara Key
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Riachinho - Roseana Murray


As águas claras
me contam segredos
de sol, de céu, de ar
e cantam acalantos
de ninar
enquanto correm ligeiras
da montanha para o mar.

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Fardo de carinho,
ed. Lê,
ilustrações de Elvira Vigna


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terça-feira, 3 de março de 2009

Pião - Roseana Murray



Um pião se equilibra

na palma da mão,

no chão, na calçada,

e alado vai rodando

por cima dos telhados,

gira entre as nuvens,

cada vez mais alto,

até que num salto

alcança a lua

e rola

até o seu lado oculto.

Faz a curva o pião

e ruma para Saturno,

tropeça nos anéis,

dá três cambalhotas,

se pendura

numa estrela cadente

e, sem graça,

volta para a palma da mão.

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Caixinha Mágica - Roseana Murray



Fabrico uma caixa mágica
para guardar o que não cabe
em nenhum lugar:
a minha sombra
em dias de muito sol,
o amarelo que sobra
do girassol,
um suspiro de beija-flor,
invisíveis lágrimas de amor.
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Fabrico a caixa com vento,
palavras e desequilíbrio,
e para fechá-la
com tudo o que leva dentro,
basta uma gota de tempo.
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O que é que você quer
esconder na minha caixa?
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