Dá-me bolinhos
mas não só um.
Desde o almoço
faço jejum.
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Dá-me bolinhos
mas não só dois.
Como um agora
outro depois.
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Dá-me bolinhos
mas não só três,
que os vou papar
duma só vez.
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Dá-me bolinhos
mas não só quatro,
para os provar
logo no quarto.
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Dá-me bolinhos
mas não só cinco.
Com tanta fome
eu bem os trinco.
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Dá-me bolinhos
mas não só seis,
todos maiores
que bolos reis.
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in Poemas da Mentira e da Verdade, Livros Horizonte
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Ilustração: Petra Elster
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2 comentários:
Que poesia mais fofa Renata. Doces versos e gostosos como os bolinhos. Bjs.
Oi Renata, com saudades passo por aqui para desejar-lhe um ótimo domingo querida amiga.
Beijos
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